As baratas são insetos que habitam o nosso planeta a cerca de 300 milhões de anos. Ao longo deste tempo sofreram poucas alterações morfológicas o que sugere que são muito hábeis na sua capacidade de adaptação e são vencedoras na luta pela sobrevivência. Existem na natureza cerca de 3.500 espécies de baratas, porém apenas cerca de dezenas se adaptaram ao meio urbano. Em São Paulo, a grande maioria dos problemas é causada por duas espécies: BLATELLA GERMÂNICA E PERIPLANETA AMERCICANA.
ALGUMAS CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS BARATAS.
- Possuem hábitos noturnos;
- Preferem ambientes quentes e úmidos;
- São onívoras – comem de tudo, preferencialmente alimentos de origem animal ou que apresentem altos teores de gorduras;
- Vive em pequenas frestas ou em locais escondidos, como rede de esgotos e tubulações em geral;
- Geralmente vivem em grandes grupos;
- Nos seu ciclo biológico passam por três fases: ovo, ninfa e adulto;
- Sofrem de 07 a 11 mudas ao longo da vida.
BARATA ALEMÃ (BLATELLA GERMÂNICA)
Também conhecida como barata de cozinha, paulistinha, francesinha ou simplesmente baratinha. São insetos de porte pequeno com cerca de 1.5 à 3 cm de comprimeto e, vivem principalmente em lugares onde haja manipulação de alimentos ou resíduos de alimentos. Passam por diversas mudas. Alojam-se, preferencialmente em frestas e fendas ou no interior de utensílios ou motores. Vivem geralmente por um ano e são capazes de produzir de 06 à 10 ootecas (cápsulas onde estão os ovos, cerca de 30 à 45), carregando as mesmas por cerca de 30 dias, até que os ovos eclodam. Pode viver até 11 dias sem alimento, desde que tenha água.
BARATA AMERICANA (PERIPLANETA AMERCICANA)
Conhecida como barata de esgoto, barata de cozinha ou voadora. Medem cerca de 4 à 5 cm de comprimento e, tem uma cor castanho avermelhada. Vivem em esgotos, forros, caixões, Lages, caixas de inspeção, gordura e bueiros. Preferem lugares que sejam quentes, úmidos e escuros. São insetos que transmitem doenças, ou seja, são vetores, pois vivem em locais de grande quantidade de micro organismos. Vivem em média 18 meses, Podem viver sem alimento por meses, mas nunca sem água. As fêmeas depositam suas ootecas (cápsulas de ovos) em locais próximos ao alimento e água. Utilizam para fixação das ootecas nas superfícies, uma substância produzida na boca como se fosse uma cola. Cada ooteca possui em média 20 ovo que eclodem entre 50 e 60 dias.
Resistente, a aranha-marrom pode sobreviver meses sem água e sem se alimentar. Justamente fica mais agressiva quando está nessa fase, pois com instinto animal e carnívoro, sai para caçar. Apesar disso não é agressiva e só dá a picada quando espremida ou agredida.
Tem patas longas e afinadas, cobertas por uma espécie de pêlo fino. Graças a essa característica, consegue deslocamentos velozes. Preferem locais escuros e sem limpeza de residências e escritórios.
Todos os cuidados são recomendados dentro das gavetas, sapatos, roupas, atrás de quadros e mobiliário, frestas de paredes em geral e madeiramento de telhados. Tudo que estiver empilhado, inclusive tijolos e telhas, recomenda-se atenção especial para evitar picada de aranha-marrom.
COMO EVITAR CRIAÇÃO DE ARANHA-MARROM E ACIDENTES
PICADA DE ARANHA MARROM SÓ VAI DOER HORAS DEPOIS
Normalmente só 8 horas após a picada é que a pessoa vai sentir dores no local. Para que possa identificar bem, é algo intenso como se fosse uma queimadura. Dá coceira e no local da picada surgem bolhas e necrose (morte) da pele com coloração escura.
Junto com essa manifestação o acidentado começa observar surgimento de vermelhidão e inchaço no local. Segue-se então quadro de febre, vômito e dor de cabeça. Longe do local afetado, pés, mãos e face, podem surgir edemas e o organismo indica mal estar geral e sonolência. Quase paralelamente vem a tontura e inchaços em outras partes do corpo. Se for um quadro muito grave, também são afetados os rins pela dor e inflamação, o coração e os pulmões, iniciando-se processo de anemia. São quadros que se não tratados levam à morte do paciente.
Diante de quadros com essas manifestações, só resta à pessoa tomar atitude urgente de procurar o Pronto Socorro ou um Serviço Municipal de Saúde. Geralmente estão preparados para atuar imediatamente.
Porém, prevenção é tudo. Evitar acidentes significa não correr risco. E a recomendação mais importante é manter sempre as habitações muito limpas. E antes de vestir roupas ou calçar sapatos, quando mexer em lugares de risco, tomar precauções usando luvas e/ou ferramentas. Por isso que é uma das atitudes mais sadias, não deixar roupas sobre o chão ou penduradas em qualquer lugar. A cama e o mobiliário de uso constante como cadeiras, devem ficar afastados das paredes. Não empilhar tijolos, telhas, madeiras e outras coisas onde a aranha possa se abrigar. E com crianças em fase oral, que tudo levam à boca, redobrar atenção onde andam.
Os carrapatos são ectoparasitas, ou seja, dependem de outro ser vivo, como cães, cavalos e até pessoas. Eles são artrópodes aracnídeos, parentes das aranhas e dos escorpiões, e sua forma varia dependendo da espécie e da etapa de vida em que se encontra.
Alguns carrapatos chegam a triplicar de tamanho ao se alimentarem do sangue de seu hospedeiro, quando é mais fácil de visualizá-los.
"Carrapato vermelho do cão" ou "Carrapato marrom do cão" ocorre predominantemente em cães, e podem transmitir doenças potencialmente fatais, como a babesiose e a erliquiose. Suas regiões preferidas de ataque são as partes inferiores dos membros e orelha, mas isso não significa que não possam atacar outras partes do corpo.
O Carrapato-estrela é vetor de várias doenças, inclusive de zoonoses, doenças que passam de animais para pessoas. É o vetor da febre maculosa e também pode ser vetor da babesiose. É mais comum em ambientes com bastante vegetação, prefere o mato e a sombra, junto com um ambiente quente para espreitar por seu hospedeiro. Por ser mais comum em cavalos e capivaras, estão adaptados a sugar peles bem grossas, logo podem atacar qualquer parte do corpo do cão.
MEDIDAS PREVENTIVAS
As formigas são insetos sociais e estão entre as pragas urbanas que apresentam o controle mais difícil. Isso se deve à alta vantagem competitiva e adaptativa que a vida em sociedade proporciona.
Suas mordidas e picadas podem provocar choque anafilático e representam risco à saúde pública quando ocorrem em hospitais, creches, berçários e residências, devido à capacidade de transportar microorganismos patogênicos, tais como bactérias, vírus e fungos (vetores mecânicos). Em restaurantes, indústrias e áreas de alimentação, podem contaminar os alimentos, ocasionando infecções intestinais.
MEDIDAS PREVENTIVAS
Alimentam-se preferencialmente de grãos e sementes, mas podem reaproveitar restos de alimentos. Além disso, a alimentação ativa (fornecida por pessoas) em locais como praças, parques, residências, entre outros, acarreta considerável aumento dessa população. Quando na natureza, comem também insetos, vermes, frutos e sementes de árvores e plantas
Essas aves abrigam-se e constroem seus ninhos em locais altos como prédios, torres de igreja, forros de casas e beirais de janelas. Formam casais para a vida toda e possuem grande capacidade de vôo.
Escolhem estes locais estrategicamente, de modo que possam usá-los como abrigo e ponto de observação de sua vizinhança e da fonte de alimento, que fica num raio de, no mínimo, 200 metros em locais onde há fartura de alimento, como na Cidade de São Paulo, ou até mais de 3 km em outras regiões.
Algumas doenças como criptococose, histoplasmose e clamidiose são transmitidas através da inalação de poeira resultante de fezes secas de pombos, contaminadas por fungos (histoplasmose e criptococose) ou bactéria (clamidiose). Elas comprometem o aparelho respiratório e podem também afetar o sistema nervoso central (no caso da criptococose).
A salmonelose pode ser transmitida pela ingestão de alimentos contaminados por fezes de pombos contendo o agente infeccioso Salmonela spp (bactéria), que compromete o aparelho digestivo.
Ácaros de pombos provenientes de aves e ninhos podem causar dermatites em contato com a pele do homem.
Controle da contaminação ambiental:
Os ratos urbanos, aqueles que vivem pelos telhados, ruas e esgotos das cidades, podem transmitir direta e indiretamente sérias doenças aos seres humanos.
As espécies que habitam as edificações são o camundongo, que faz ninhos em armários, fogões, geladeiras e até máquinas de lavar roupa, alimentando-se de frutas e alimentos armazenados; e o rato de telhado ou rato preto, encontrado nos forros das casas, na parte oca de árvores ou em sótãos.
Os camundongos podem entrar nas edificações trazidos dentro de caixas de papelão, com eletrodomésticos e eletroeletrônicos, com mobília ou em caixas de produtos de hortifrúti. Uma vez dentro, procuram locais seguros para se esconderem.
A ratazana, no entanto, habita as galerias de esgoto ou faz tocas e túneis subterrâneos em terrenos baldios e nas encostas de córregos a céu aberto. São ótimas nadadoras e entram nas casas através da rede de esgotos e sistemas de captação de água pluvial como os bueiros. Esta espécie sai à noite para buscar alimento, mas sempre retorna ao seu ninho original.
Medidas preventivas:
DICAS PARA SE EVITAR INFESTAÇÃO POR TRAÇAS DE ROUPAS
Não guardar roupas que já tenham sido usadas, pois as traças são atraídas pelo suor humano
Se suas roupas forem ficar penduradas no cabide, no fundo do roupeiro e sem uso durante meses, guarde-as em sacos de plástico fechados a vácuo, de forma a manter as traças à distância. Caso não queira embalar as roupas a vácuo areje-as periodicamente.
Vistoriar freqüentemente gavetas e móveis onde estejam guardados tecidos, roupas de cama e banho e roupas de lã.
Evitar acúmulos de papéis e roupas velhas, guardando-os em locais protegidos e submetidos à limpeza constante.
Remover freqüentemente a poeira de móveis, estantes, quadros, cortinas e tapetes.
CASO ENCONTRE TRAÇAS OU SINAIS DELAS NO ARMÁRIO OU CLOSET
Lave todas as suas roupas que possam ter entrado em contato com as traças a 50° C ou mais durante trinta minutos, ou coloque no congelador as roupas que não podem ser lavadas nesta temperatura, para eliminar larvas de traças que eventualmente estejam escondidas entre as fibras. Caso não tenha como fazer isso em casa envie para uma limpeza profissional, mas não se esqueça de mencionar o seu problema. Mesmo que não consiga ver sinais de larvas nas roupas, isso não significa que estas não estejam lá.
Além disso, para conseguir livrar-se realmente das traças você deve contratar os serviços de um profissional qualificado para fazer tratamento adequado do local infestado.